Projeto:
ALMANAQUE DA NASCENTE - 2016
PÚBLICO
ALVO: ANOS INICIAIS E FINAIS
DURAÇÃO:
Ano
letivo de 2016
JUSTIFICATIVA:
No
ano de 2016 a nossa escola vai completar 10 anos do projeto Florescendo a vida,
ou seja 10 anos de cuidados com a nascente. Desde essa época foi feito um
trabalho sistemático de plantios de árvores da Mata Atlântica, análise da água e
limpeza da área da nascente e estudo pelos alunos sobre suas árvores. Em 2011
iniciamos uma atividade chamada Trilha da Nascente com o objetivo de Levar
adiante o projeto Florescendo a vida. Integrar a escola no cuidado com a
nascente através do apadrinhamento das árvores pelas turmas da escola. Porém em 2013 fizemos um
projeto ousado, plantamos uma árvore diferente com cada turma. Foram 28 árvores
diferentes a serem estudadas, cuidadas e replantadas até 2021 quando as 3
turmas do 1ºano estarão no 9ºano. Cada turma de 9ºano que sai deixará até 2010
para as turmas de 1º ano que entrarem continuarem o estudo e cuidado com as
árvores. E em 2014 confeccionamos 28 almanaques para as 28 turmas com o nome da
árvore da turma na capa do almanaque, com o histórico do projeto. Esse
almanaque tem como objetivo fazer o registro das atividades de cada turma
concernente aos estudos e cuidados da sua árvore. Registrar o crescimento, a
evolução da turma junto com sua árvore. E é justamente nesse contexto que entra
o projeto Almanaque da nascente, auxiliar as turmas no trabalho dos registros
dos trabalhos realizados pelas turmas.
INTRODUÇÃO:
Neste projeto propomos o ensino por investigação, de maneira que os
estudantes venham a interagir, explorar e experimentar o mundo natural. Eles
serão inseridos em processos investigativos, envolvendo-se na própria aprendizagem,
construindo questões, elaborando hipóteses, analisando evidências, tirando
conclusões e comunicando resultados.
A pesquisa será feita observando-se
toda à área da nascente, se está bem cuidada ou com lixo, as árvores, os
animais e o que ela oferece para a escola, como a escola aproveita esse espaço.
A pesquisa acontecerá em contato direto com a
natureza, usando o Bosque Florescendo a Vida como um laboratório. Acredita-se
que tudo isso favorecerá o aluno a ficar motivado e interessado, facilitando
que aconteça a aprendizagem. De acordo com Daniel Goleman, os alunos que se
sentem motivados, gostam e se divertem enquanto aprendem saem-se melhor.
A esse respeito, Daniel Goleman escreve:
“A capacidade de entrar em fluxo é inteligência
emocional no ponto mais alto; o fluxo representa, talvez, a última palavra na
canalização das emoções à serviço do desempenho e aprendizado. Fluir é uma
experiência gloriosa: o sinal característico do fluxo é uma sensação de alegria
espontânea, e mesmo de êxtase. Por ser tão bom, é intrinsecamente compensador.
É um estado em que as pessoas ficam absolutamente absortas no que estão
fazendo, dando atenção exclusiva à tarefa, a consciência em fusão com os atos.”
( Daniel
Goleman,2012 _Inteligência emocional: a teoria revolucionária
que define o que é ser inteligente.)
O psicólogo Howard Gardner que criou a teoria de inteligências múltiplas
acredita que em vez de usar ameaças ou promessas de recompensa, uma maneira
mais saudável de ensinar e mobilizando o fluxo e os estados positivos que o
caracterizam.
Para formar pensadores, pesquisadores e produtores de conhecimento, é
necessário propor momentos em que o educando faça perguntas sobre o conteúdo de
aprendizagem. Em seguida ele inicia a pesquisa de campo observando os fatos e
fenômenos, como acontece na realidade, coleta os dados necessários para
responder a pergunta, depois faz pesquisa em portadores científicos
consistentes. Por fim examina, estuda os dados de maneira que consiga entender,
explicar e responder a pergunta, ou o problema pesquisado. Desse modo o aluno
aprende a perguntar, a levantar hipóteses, a investigar, a observar, a
planejar, interpretar dados, refletir, criticar e construir explicações que
respondam as suas perguntas. Sobre esse assunto, Augusto Curry escreve:
“O sistema educacional que se arrasta por séculos,
embora possua professores com elevada dignidade, possui teorias que não
compreendem muito nem o funcionamento multifocal da mente humana nem o processo
de construção dos pensamentos. Por isso, enfileira os alunos nas salas de aula
e os transforma em espectadores passivos do conhecimento e não em agentes do
processo educacional.” (Augusto Curry _
Inteligência multifocal)
Quando o estudante participa esse processo deixa de ter somente dúvidas,
desenvolve a capacidade de tomar decisões, passando a ser construtor de
conhecimento e não somente o que recebe o conhecimento pronto. De acordo com
Augusto Curry:
“Um dos maiores erros da educação clássica, que
bloqueia a formação de pensadores, foi e tem sido o de transmitir o
conhecimento pronto, acabado, sem evidenciar o seu processo de produção, o seu
rosto histórico.” (Augusto Curry _ Inteligência multifocal)
De acordo com
Augusto Curry _
Inteligência multifocal, o conhecimento produzido deve ser reciclado e
reorganizado continuamente, sendo por isso a arte de perguntar até mais
importante que a arte de responder.
Em nosso atual sistema educacional, devido a diversos fatores,
praticamente inexiste o trabalho interdisciplinar.
Aliás, a esse respeito, Japiassu assim escreve:
Todavia, o
interdisciplinar deve responder a certas exigências: a criação de uma nova
inteligência e de uma razão aberta, capazes de formar uma nova espécie de
cientistas e de educadores, utilizando uma pedagogia nova, etc. (Japiassu,
1995)
Diante da necessidade de proporcionar
momentos de aprendizagem significativa, acreditamos ser necessário o encontro
do estudante com atividades de caráter investigativo, que é uma estratégia, que
utilizaremos durante o projeto Almanaque da Nascente, para diversificar as
práticas no cotidiano escolar.
Aprendendo a investigar o educando aprenderá a observar, planejar,
levantar hipóteses, realizar medidas, interpretar dados, refletir e construir
explicações.
O ensino por investigação englobará atividades centradas na criança, que
possibilitará o desenvolvimento de variadas habilidades como, autonomia e
capacidade de tomar decisões, de avaliar e de resolver problemas.
O aluno terá uma pergunta, uma dúvida, uma questão, e terá que sair da
sua zona de conforto, indo de encontro ao conhecimento, que será construído e
confrontado, a todo momento, durante as atividades desenvolvidas no projeto.
De acordo com
Carvalho et al.
(2004), uma atividade investigativa deve
levar o aluno a refletir, a discutir, a explicar e a relatar seu trabalho aos
colegas. Ela não pode se reduzir a uma mera observação ou manipulação de dados.
Por isso durante o projeto acontecerão momentos tanto de observação e
manipulação de dados como também de reflexão, discussão e explicação da investigação
aos colegas.
O aluno constrói seu
conhecimento, a partir da do relato sobre o que fez, da discussão sobre as divergências, do confronto
de diferentes pontos de vista e de novas questões que surjam.
Augusto Curry _ Inteligência
multifocal, fala sobre A "tríade de
arte da pesquisa" (arte da pergunta, arte da dúvida e arte da
crítica), e a busca do caos intelectual
serem os ingredientes básicos para se formarem pensadores em qualquer área da
ciência.
OBJETIVO
GERAL: Espera-se no decorrer do projeto que os alunos envolvidos , observem, interfiram e registrem
no almanaque acontecimentos referentes às árvores plantadas pelas turmas em
2013 e apresentem bimestralmente o trabalho desenvolvido.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS:
·
Dar ciência sobre a existência e localização da
nascente no interior da nossa escola;
·
Dar continuidade aos cuidados necessários a
área da nascente
·
Conscientizar sobre a importância do meio
ambiente como um todo;
·
Incorporar valores como respeito ao próximo e ao
meio em que ele vive;
AÇÕES:
A seguir, apresentam-se
algumas ações que farão parte do projeto:
1. Explorar
as ideias que os alunos têm a respeito da APP (Área de Preservação Permanente)
que é a área da nascente, das árvores ali plantadas, do porque do plantio
delas, e muitas outras perguntas que serão consideradas problemas, questões não
compreendidas por eles.
2. Levantar
hipóteses sobre possíveis respostas para esse problema e, também, sobre
possíveis procedimentos para se chegar a uma solução satisfatória.
3. Formular
questões, perguntas que os instigue e os oriente durante o projeto.
Problematizar.
4. Registrar
as perguntas e hipóteses no Almanaque.
5. Investigar
a área da nascente, as árvores e anotar no Almanaque, na ficha de observação, e
com fotos o que entende como resposta as perguntas.
6. Pesquisar
em livros, na internet, e em outros portadores, sobre o assunto.
7. Registrar,
colar a pesquisa no Almanaque.
8. Dialogar
e confrontar os resultados das pesquisas. Durante as discussões os alunos serão
incentivados a registrar (no Almanaque), fazer observações e desenvolver
reflexões, relatos e argumentações sobre o fenômeno investigado e propor novas
questões.
9. Registrar
todo o processo de pesquisa e os resultados no Almanaque.
10. Apresentar
o resultado da pesquisa a todos os estudantes da turma.
AVALIAÇÃO
Bimestralmente apresentação
para as turmas das atividades registradas no almanaque.
Gincana de saberes no segundo
semestre com a escola toda, sobre os assuntos
estudados durante o ano.
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