sexta-feira, 6 de maio de 2016

2016 - Início do Projeto Almanaque da Nascente - Conheçam o projeto na íntegra

Projeto: ALMANAQUE DA NASCENTE - 2016

PÚBLICO ALVO: ANOS INICIAIS E FINAIS
DURAÇÃO: Ano letivo de 2016
JUSTIFICATIVA: No ano de 2016 a nossa escola vai completar 10 anos do projeto Florescendo a vida, ou seja 10 anos de cuidados com a nascente. Desde essa época foi feito um trabalho sistemático de plantios de árvores da Mata Atlântica, análise da água e limpeza da área da nascente e estudo pelos alunos sobre suas árvores. Em 2011 iniciamos uma atividade chamada Trilha da Nascente com o objetivo de Levar adiante o projeto Florescendo a vida. Integrar a escola no cuidado com a nascente através do apadrinhamento das árvores pelas  turmas da escola. Porém em 2013 fizemos um projeto ousado, plantamos uma árvore diferente com cada turma. Foram 28 árvores diferentes a serem estudadas, cuidadas e replantadas até 2021 quando as 3 turmas do 1ºano estarão no 9ºano. Cada turma de 9ºano que sai deixará até 2010 para as turmas de 1º ano que entrarem continuarem o estudo e cuidado com as árvores. E em 2014 confeccionamos 28 almanaques para as 28 turmas com o nome da árvore da turma na capa do almanaque, com o histórico do projeto. Esse almanaque tem como objetivo fazer o registro das atividades de cada turma concernente aos estudos e cuidados da sua árvore. Registrar o crescimento, a evolução da turma junto com sua árvore. E é justamente nesse contexto que entra o projeto Almanaque da nascente, auxiliar as turmas no trabalho dos registros dos trabalhos realizados pelas turmas.
INTRODUÇÃO: Neste projeto propomos o ensino por investigação, de maneira que os estudantes venham a interagir, explorar e experimentar o mundo natural. Eles serão inseridos em processos investigativos, envolvendo-se na própria aprendizagem, construindo questões, elaborando hipóteses, analisando evidências, tirando conclusões e comunicando resultados.
A pesquisa será feita observando-se toda à área da nascente, se está bem cuidada ou com lixo, as árvores, os animais e o que ela oferece para a escola, como a escola aproveita esse espaço.
 A pesquisa acontecerá em contato direto com a natureza, usando o Bosque Florescendo a Vida como um laboratório. Acredita-se que tudo isso favorecerá o aluno a ficar motivado e interessado, facilitando que aconteça a aprendizagem. De acordo com Daniel Goleman, os alunos que se sentem motivados, gostam e se divertem enquanto aprendem saem-se melhor.
A esse respeito, Daniel Goleman escreve:
                       
“A capacidade de entrar em fluxo é inteligência emocional no ponto mais alto; o fluxo representa, talvez, a última palavra na canalização das emoções à serviço do desempenho e aprendizado. Fluir é uma experiência gloriosa: o sinal característico do fluxo é uma sensação de alegria espontânea, e mesmo de êxtase. Por ser tão bom, é intrinsecamente compensador. É um estado em que as pessoas ficam absolutamente absortas no que estão fazendo, dando atenção exclusiva à tarefa, a consciência em fusão com os atos.” ( Daniel
Goleman,2012 _Inteligência emocional: a teoria revolucionária que define o que é ser inteligente.)

O psicólogo Howard Gardner que criou a teoria de inteligências múltiplas acredita que em vez de usar ameaças ou promessas de recompensa, uma maneira mais saudável de ensinar e mobilizando o fluxo e os estados positivos que o caracterizam.
Para formar pensadores, pesquisadores e produtores de conhecimento, é necessário propor momentos em que o educando faça perguntas sobre o conteúdo de aprendizagem. Em seguida ele inicia a pesquisa de campo observando os fatos e fenômenos, como acontece na realidade, coleta os dados necessários para responder a pergunta, depois faz pesquisa em portadores científicos consistentes. Por fim examina, estuda os dados de maneira que consiga entender, explicar e responder a pergunta, ou o problema pesquisado. Desse modo o aluno aprende a perguntar, a levantar hipóteses, a investigar, a observar, a planejar, interpretar dados, refletir, criticar e construir explicações que respondam as suas perguntas. Sobre esse assunto, Augusto Curry escreve:

“O sistema educacional que se arrasta por séculos, embora possua professores com elevada dignidade, possui teorias que não compreendem muito nem o funcionamento multifocal da mente humana nem o processo de construção dos pensamentos. Por isso, enfileira os alunos nas salas de aula e os transforma em espectadores passivos do conhecimento e não em agentes do processo educacional.” (Augusto Curry _ Inteligência multifocal)


Quando o estudante participa esse processo deixa de ter somente dúvidas, desenvolve a capacidade de tomar decisões, passando a ser construtor de conhecimento e não somente o que recebe o conhecimento pronto. De acordo com Augusto Curry:
“Um dos maiores erros da educação clássica, que bloqueia a formação de pensadores, foi e tem sido o de transmitir o conhecimento pronto, acabado, sem evidenciar o seu processo de produção, o seu rosto histórico.” (Augusto Curry _ Inteligência multifocal)


De acordo com Augusto Curry _ Inteligência multifocal, o conhecimento produzido deve ser reciclado e reorganizado continuamente, sendo por isso a arte de perguntar até mais importante que a arte de responder.
Em nosso atual sistema educacional, devido a diversos fatores, praticamente inexiste o trabalho interdisciplinar. 
Aliás, a esse respeito, Japiassu assim escreve:

Todavia, o interdisciplinar deve responder a certas exigências: a criação de uma nova inteligência e de uma razão aberta, capazes de formar uma nova espécie de cientistas e de educadores, utilizando uma pedagogia nova, etc. (Japiassu, 1995)
Diante da necessidade de proporcionar momentos de aprendizagem significativa, acreditamos ser necessário o encontro do estudante com atividades de caráter investigativo, que é uma estratégia, que utilizaremos durante o projeto Almanaque da Nascente, para diversificar as práticas no cotidiano escolar.
Aprendendo a investigar o educando aprenderá a observar, planejar, levantar hipóteses, realizar medidas, interpretar dados, refletir e construir explicações.
O ensino por investigação englobará atividades centradas na criança, que possibilitará o desenvolvimento de variadas habilidades como, autonomia e capacidade de tomar decisões, de avaliar e de resolver problemas.

O aluno terá uma pergunta, uma dúvida, uma questão, e terá que sair da sua zona de conforto, indo de encontro ao conhecimento, que será construído e confrontado, a todo momento, durante as atividades desenvolvidas no projeto.

De acordo com Carvalho et al. (2004), uma atividade investigativa  deve levar o aluno a refletir, a discutir, a explicar e a relatar seu trabalho aos colegas. Ela não pode se reduzir a uma mera observação ou manipulação de dados. Por isso durante o projeto acontecerão momentos tanto de observação e manipulação de dados como também de reflexão, discussão e explicação da investigação aos colegas.

O aluno constrói seu conhecimento, a partir da do relato sobre o que fez, da  discussão sobre as divergências, do confronto de diferentes pontos de vista e de novas questões que surjam.
Augusto Curry _ Inteligência multifocal,  fala sobre A "tríade de arte da pesquisa" (arte da pergunta, arte da dúvida e arte da crítica),  e a busca do caos intelectual serem os ingredientes básicos para se formarem pensadores em qualquer área da ciência.


OBJETIVO GERAL: Espera-se no decorrer do projeto que os alunos  envolvidos , observem, interfiram e registrem no almanaque acontecimentos referentes às árvores plantadas pelas turmas em 2013 e apresentem bimestralmente o trabalho desenvolvido.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·         Dar ciência sobre a existência e localização da nascente no interior da nossa escola;
·         Dar continuidade aos cuidados necessários a área da nascente
·         Conscientizar sobre a importância do meio ambiente como um todo;
·         Incorporar valores como respeito ao próximo e ao meio em que ele vive;

AÇÕES:
A seguir, apresentam-se algumas ações que farão parte do projeto:
1.    Explorar as ideias que os alunos têm a respeito da APP (Área de Preservação Permanente) que é a área da nascente, das árvores ali plantadas, do porque do plantio delas, e muitas outras perguntas que serão consideradas problemas, questões não compreendidas por eles.
2.    Levantar hipóteses sobre possíveis respostas para esse problema e, também, sobre possíveis procedimentos para se chegar a uma solução satisfatória.
3.    Formular questões, perguntas que os instigue e os oriente durante o projeto. Problematizar.
4.    Registrar as perguntas e hipóteses no Almanaque.
5.    Investigar a área da nascente, as árvores e anotar no Almanaque, na ficha de observação, e com fotos o que entende como resposta as perguntas.
6.    Pesquisar em livros, na internet, e em outros portadores, sobre o assunto.
7.    Registrar, colar a pesquisa no Almanaque.
8.    Dialogar e confrontar os resultados das pesquisas. Durante as discussões os alunos serão incentivados a registrar (no Almanaque), fazer observações e desenvolver reflexões, relatos e argumentações sobre o fenômeno investigado e propor novas questões.
9.    Registrar todo o processo de pesquisa e os resultados no Almanaque.
10. Apresentar o resultado da pesquisa a todos os estudantes da turma.



AVALIAÇÃO
Bimestralmente apresentação para as turmas das atividades registradas no almanaque.
Gincana de saberes no segundo semestre com a escola toda, sobre os assuntos  estudados durante o ano.









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